sábado, 27 de fevereiro de 2010

Poema que se pretende lágrima

Esqueci-me em algum lugar
e já não consigo lembrar onde
ou quando.
Simplesmente não me encontro mais.
Não me sei mais.

Ainda escuto o violino
ainda sei da borboleta
mas algo me falta

Ainda de olhos vendados
ainda na espera
mas nem um sussurro

Pobre alma inquieta.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Calçada

Coberta de sacos
ela escreve
palavras desconexas
assuntos que só ela entende,
e Deus.
Sim, Deus.
Ela não faz a menor ideia
de quem Ele seja
mas Ele a conhece bem.
Passa os dias ali,
no mesmo endereço.
Ora sonhando com o futuro,
ora lembrando o passado.
E quando não há mais o que fazer
escreve.
Como quem precisa escapar.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Necessidade de escrever.
O quê?
Toda a mente voltada em descobrir
a menor que seja das motivações
Abismo.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fecharei meus olhos
na total entrega
de alma e espírito
Evitarei passos
os pés sempre levam por caminhos difíceis
especialmente com os olhos vendados

Ouvidos atentos
ao menor dos murmuros

Silêncio.
Aguardo.