quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A rosa

Essa noite sonhei com pétalas
delicadas pétalas vermelhas
que se estendiam como cortina
à minha frente.
Mas não eram pétalas comuns
tão pouco pétala que viessem
de quaisquer rosas vulgares.
Brilhavam
um brilho dourado inexplicável
inexplicavelmente belo
tão intenso
que sentia minha própria face
irradiar o mesmo brilho.
Quando
por impulsão da vontade
de tornar as coisas reais pelo tato
tentei tocá-las,
fugiam,
como repelidas por um imã de mesmo pólo.
E algo lá no fundo me dizia
ainda não é tempo;
em breve,
muito breve,
será.
Acordei com essa pétala
sobre o meu travesseiro
como que pra recordar a promessa
dessa esperança que move
meu peito.

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