"Não sei o que querem de mim essas árvores, essas velhas esquinas, para ficarem tão minhas só de as olhar um momento" (Vida, Mário Quintana)
sábado, 1 de maio de 2010
Tarde de sábado
Hoje me deu uma vontade de escrever. Arrancar do mais fundo da alma, aquelas palavras velhas e empoeiradas que por falta de tempo, ou medo, ou descaso, foram guardadas e, de tão guardadas, esquecidas. Sabe que hoje dei uma geral por aqui: arrumei toda a papelada e montoeira de livros e dvds e cds nos móveis. Fazer isso às vezes é bom. Com o tempo a gente guarda cada coisa, pro caso de precisar um dia. E nunca precisa. Aí vira um estorvo, um fardo, porque a gente sempre tem dó de jogar fora, mesmo num servindo pra nada. Mas é preciso. Muito me lembrei de uma música da nossa rica mpb que minha mãe vive cantando pra mim: "Hoje eu vou mudar, vasculhar minhas gavetas, jogar fora sentimentos e ressentimentos tolos, fazer limpeza no armário, retirar traças e teias e angústias da minha mente...". A única coisa é que toda a faxina foi no quarto da minha mãe. Sempre é a casa de alguém. E quando acho alguma coisa que por mais insignificante que seja, fico com dó da pobre coisinha, que num teve culpa de ter sido guardada inutilmente por tanto tempo. Guardo pra mim.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário